terça-feira, 31 de maio de 2011

Creme de Mandioquinha


Em minha primeira postagem entitulada Julie e Julia, mencionei que morava em um apartamento e que cultivava algumas ervas em vasos na varanda. Disse, ainda, que tinha vontade de comprar uma casa para não só cultivar ervas mas para plantar algumas frutas também. Pois bem: estou morando há 2 meses em uma casa muito confortável, com uma cozinha grande, cheia de armários e com um janelão enorme! O quintal da casa é pequeno mas vai dar pra plantar um limoeiro e um pé de maracujá ao menos. As ervinhas continuam nos mesmos vasos e ainda não tive tempo de aumentar a horta (talvez eu esteja esperando ganhar um livro maravilhoso em 2 volumes chamado As Ervas do Sítio e as Ervas da Cozinha. Quem sabe no meu aniversário, dia 27 de agosto, eu ganhe de alguém que me adore muito!).

Mas tudo isso pra dizer o seguinte: minha casa nova é muito fria, e está fazendo muito frio! Com isso resolvi fazer umas sopas e cremes para acompanhar pão, queijo e vinho. Semana passada fiz a sopa de grão-de-bico e alho-poró do Jamie Oliver, que ficou feia, grossa, mais parecendo um purê cor de burro quando foge. Jantamos assim mesmo, meio decepcionados e guardei a sobra na geladeira. Na noite seguinte dissolvi aquela pasta em mais caldo de galinha, piquei salsinha fresquinha e coloquei mais parmesão. Ficou muito melhor: cremosa, gostosa, bonita, substanciosa. Portanto, a sopa de grão-de-bico (que virou um creme de grão-de-bico) foi definitivamente aprovada para esquentar uma noite fria.

Ontem de noite fiz o creme caipirinha de mandioquinha do Cozinhando para Amigos. Gente, eu juro, é o melhor creme de mandioquinha que eu já comi na minha vida!!! Cremoso, amarelo, aveludado, quente, delicado. Um primor! Vou passar a receita pois, pra quem é fã de creminhos quentinhos no inverno, é imperdível!

40 gr de manteiga
1 cebola em cubinhos
2 kg de mandioquinha sem casca, em rodelas finas
2 litros de caldo de galinha ou 2 cubinhos dissolvidos em 2 litros de água
1 1/2 xícara de creme de leite fresco
2 colheres (sopa) de folhas de salsinha picadinhas
sal
(eu acrescentei, por minha conta, um pouquinho de gengibre em pó junto com o sal)

Aqueça a manteiga numa panela média e doure ligeiramente a cebola, junte a mandioquinha e o sal, espero 1 minuto, acrescente o caldo, abaixo o fogo qdo ferver e cozinhe em fogo baixo até amaciar.
Adicione o creme de leite, deixe ferver de novo, ajuste o sal, retire do fogo e bata no liquidificador até obter um creme liso.
Sirva com salsinha picadinha.

Meu marido comprou queijo gorgonzola, azeitonas chilenas e pão italiano para ir beliscando. Eu tinha uma pequena porção de torresmo que sobrara da feijoada de domingo na casa da minha sogra, e não pensamos duas vezes antes de espedaçá-lo e polvilhar torresmo sobre o prato de creme. Pra beber, Carmenére. Assim ficou muito mais fácil passar a noite fria.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A torta de abóbora saiu!


A torta de abóbora que estava louca pra fazer (pra comer, na verdade) saiu na noite de sábado! Com a ajuda da minha querida irmã, que estava especialmente animada, fiz e abri a massa. Minha filha também ajudou, polvilhando farinha na bancada e manuseando o rolo que peguei emprestado da minha sogra. O nome da torta que está no meu novo livro de receitas Cozinhando para Amigos é Torta di Parma. Basicamente é uma massa fina recheada com abóbora assada bem temperada.

Antes que meus convidados chegassem (minha irmã com meu cunhado e meu sobrinho, minha sogra e meu sogro) piquei a abóbora em cubos de 2 cm, coloquei na assadeira com rodelas de alho-poró, mel, tomilho, azeite, pimenta do reino e sal, e coloquei no forno por 40 minutos. Minha irmã chegou e me ajudou com a massa que é muito simples: farinha, azeite, água morna e sal, bem aberta, formando um retângulo que deveria forrar a assadeira e ainda sobrar um pouco para os lados. Nisso, a abóbora estava pronta. Amassamos com o garfo (estava deliciosa e a minha irmã até anotou a receita da abóbora pra acompanhar um arroz). Colocamos a abóbora amassada com salsinha e parmesão ralado dentro da assadeira, sobre a massa. Dobramos as laterais sobre o recheio em direção ao centro e pincelamos uma gema sobre a massa dobrada. Cobrimos o centro com mais parmesão ralado e levamos ao forno por 30 minutos.

Quando tirei do forno, o aroma era maravilhoso! Ficou leve e bem saborosa. Comemos com molho de pimenta Tabasco e bebemos muito vinho tinto.

No dia seguinte, comendo a sobra da Torta di Parma, tive a ideia de, na próxima vez, acrescentar carne seca desfiada ao recheio... Abóbora com carne seca, hein? não dá mais vontade ainda?

P.S.: Michele e Edite, obrigada por lavarem a louça pra mim.

(Hoje à noite tentarei fazer 2 receitas de inverno: uma sopa de grão-de-bico com alho-poró, do livro do Jamie Oliver que eu adoro, e um creme caipirinha de mandioquinha, do já mencionado Cozinhando para Amigos, da Heloisa Bacellar. Já comprei os ingredientes e coloquei o grão-de-bico de molho. Depois conto tudo.)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Minha panqueca de abóbora com recheio de carne


Ah!!!!
Fiquei meses sem postar nada. Não que não tenha cozinhado nada digno nesse tempo todo, pelo contrário: fiz umas batatas com bacon fritas na panela de pressão que ficou... hum! uma gostosura! Aprendi também fazer uma farofa de banana com ovo que minha filha nomeou a melhor farofa de todas! E outro dia fiz um bolo de carne italiano para meus irmãos e todos adoraram. As três receitas do Clube do Gordinho. Muito simples, muito boas.

Hoje era pra ter feito uma torta de abóbora pra janta. Seria a segunda receita do meu novo lindo livro de receitas que ganhei da minha filha e do meu marido no dia das mães (o livro é 'Cozinhando para Amigos' e a primeira receita foi o brownie de chocolate com castanhas, delicioso! nunca tinha feito brownie. Aliás, nunca fui de fazer sobremesas). Comprei todos os ingredientes, ía começar fazer a torta quando fui ler melhor o 'modo de preparo' e descobri que precisava de um rolo para abrir a massa. Não tenho rolo. Fiquei desanimada por não ter visto isso antes. Tive um rolo quando casei, há 12 anos. E aí, o que faria pra janta?

Há alguns anos, minha amiga Daniela me passou a receita de panqueca da mãe dela:
1 xícara de leite
1 xícara de farinha de trigo
2 ovos
1/2 colher (chá) de sal
Bater no liquidificador e deixar descansar por meia hora.
Lembrei que minha sogra costuma colocar algum vegetal na massa da panqueca pra "ficar mais nutritivo", como ela diz. Peguei um pedacinho da abóbora da torta e bati com o leite antes de bater os outros ingredientes. Ficou bonita. Ralei um pouquinho de nóz moscada e deixei descansar.

Descongelei a carne moída e preparei com cebola, alho, pimenta dedo de moça, duas pontas de anis estrelado, louro e, no fim, salsinha. Ficou muito boa! (Foi a 1a vez que usei anis estrelado e gostei muito, muito perfumado.)

Fiz o molho: azeite, pouquinho de cebola, alho, tomate pelado e tomate fresco, manjericão e lascas de azeitona preta.

Fritei a panqueca na manteiga, recheei com a carne, coloquei o molho por cima, um tiquinho de parmesão ralado e comemos muito bem, com muitos "hummm"!